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Arabic-English Dictionary, The Hans Wehr Dictionary of Modern Written Arabic, Edited by J M Cowan,1976, pag 743
“Jean-Léon! Yohannes Leo! (...) Leo. Leone. Curieuse habitude qu'ont les hommes de se donner ainsi les noms des fauves qui les terrorisent, rarement ceux des animaux qui leur sont dévoués. On veut bient s'appeler loup, mais pas chien. (...) ”
Léon l' Africain in Leon L’Africain de Amin Maalouf, Edição de J.-C. Lattès,1986, pg.303.
Nota: do mesmo autor outra citação aqui .
Tó Zé
"Era verdade. Durante uns dias o cão [ Kurika] não falou. Digo bem: não falou. A fala é muito complicada. Está antes da palavra, como a poesia. E aquele cão falava. Falava com os seus vários modos de silêncio, falava com os olhos, falava, até, com o rabo, falava com o andar, com as inclinações da cabeça, com o levantar ou baixar das orelhas. Daquela vez calou-se por completo. Não falou com nenhum dos seus sinais. Nem sequer com o seu silêncio."
Manuel Alegre, in "Cão Como Nós",
Publicações Dom Quixote, Janeiro de 2008, 16ª edição, pág.s 119.
Obs.: Kurika estava zangado pois pensava que o tinham abandonado.
Tó Zé
A campanha presidencial norte-americana tomou conta do nosso espaço noticioso há longos meses; e definido que ficou qual o candidato republicano já perdi a conta aos meses e às eleições dos delegados ao congresso democrata, que se dividem entre os apoiantes dos dois que ainda procuram a primazia nesse partido - Barack Obama e Hillary Clinton.
Embora não tenha podido, ou sabido, acompanhar o processo como gostaria, tenho aqui e ali tentado estar informado, compreender e refletir sobre alguns factos e situações, e sobre outras "campanhas" dentro das campanhas própriamente ditas.
Sem deixar de ler, ver ou ouvir as reportagens mais longas em diversos meios de comunicação, tenho encontrado com regularidade no Diário de Notícias, em breves artigos da autoria de Ferreira Fernandes excelentes notas do que se está a passar.
Na edição de hoje, sob o título "Não Há Missas Grátis" conta as peripécias da campanha de Barack, que envolvem em momentos e contextos diferentes o protestante Jemeriah Wright e o católico Michael Pfleger, que oficiam na mesma cidade, Chicago, em igrejas distantes poucos quarteirões uma da outra.
A mistura explosiva que aqueles responsáveis religiosos promovem contém politica, raça e religião.
Conclui Ferreira Fernandes no seu artigo acima referenciado
"Obama, que pauta a sua candidatura por não embarcar nessas tolices, mais uma vez teve de pedir desculpa pelos seus amigos religiosos. O problema destes é que acreditam que os rebanhos reconhecem melhor o caminho do Senhor com tabuletas a preto e branco."
in Diário de Notícias, um ponto é tudo, "Não Há Missas Grátis" , 31 de Maio de 2008, pág. 64.
“La richesse, frères croyants, ne se mesure pas aux choses qu’on possède mais à celles don’t sait se passer.”
Mohamed le peseur, pai de Hassan ( Leão, O Africano),
in Leon L’Africain, de Amin Maalouf, Edição de J.-C. Lattès,1986, pg.43.
Nota: Tanscrever ou fazer uma citação não é nem pretende ser sinal de erudição, nem tão pouco de compreensão do que é citado. Para mais quando a mesma está numa lingua estrangeira. Pode ser no entanto um objecto de curiosidade, reflexão e partilha.
Tó Zé
Dizia hoje ao almoço, com uma certa graça, um colega e amigo, que Aldrabão era o nome árabe da nossa profissão.
Aliás, quando estamos mesmo zangados aldrabão é o outro, mas quando descontraímos somos capazes de reconhecer que aqui ou ali também lhe vestimos a pele.
Sim, porque mesmo que não tenhamos feito nada para o merecer, aos olhos dos outros não deixaremos de o ser. Os políticos que o digam.
Mas amigo de saber mais um pouco deste legado tão rico fui consultar uma obra, Vocabulário Português de Origem Árabe, do já falecido José Pedro Machado, incansável estudioso, filólogo e arabista.
Segundo ele a palavra vem do árabe al-bardān , com o significado original de «louco».